sobre o aborto
Envio este e-mail porque me preocupa a ignorância que reina neste pais no
que toca ao aborto. Tenho todo do prazer em discutir civilizadamente com que
tiver ideias contra as minhas, mas assusta-me que alguém vá votar no dia 11
com base no que "toda a gente sabe", toda a gente sabendo que senso comum e
bom senso não são sinónimos.
Para começar uma correcção: a chamada interrupção voluntária da gravidez
*não
e uma interrupção mas sim uma terminação*, assim como o roubo não a
interrupção voluntária da posse de um bem de outrem.
Não são "muitas pessoas" que definem o embrião e mesmo óvulo como vida. A
classe científica tem isso como dado adquirido desde o século XIX. Desde a
fecundação que o óvulo e um ser totalmente diferente da mãe e que, se lhe
forem dadas as condições certas, crescera e passara pelos estágios de
crescimento: 1 semana, 5 semanas, 10 semana (em que já se detectam ondas
cerebrais, o coração já bate, o feto sente dor - e muita segundo as ultimas
investigações, pois ainda não formou o sistema inibidor da dor - e todos os
sistemas se encontram operacionais excepto o respiratório).
O que esta em discussão neste referendo não é se as mulheres tem o direito,
em determinadas situações, de sobreporem a sua vida a outra, ou mesmo se uma
mulher deve ser presa por ter realizado o aborto. Ate hoje menos de 40
pessoas (mulheres – diferente de vitimas de aborto! As vitimas de aborto são
os seus filhos! - médicas, enfermeiras, parteiras) foram acusadas de crime
de aborto nos últimos anos, e as mulheres ou foram absolvidas ou tiveram
pena suspensa, nenhuma esteve realmente presa. O que está em discussão é se
a mulher tem o direito de, até as 10 semanas, terminar a vida de outrem sem
terem de dar justificações, nem mesmo ao pai da criança! Não é o que esta na
pergunta, mas sim o que esta no projecto-lei que vai ser aprovado se o sim
ganhar.
Para terminar gostaria apenas de referir que o aborto clandestino não vai
diminuir com a liberalização do aborto. Esta provado na maioria dos países
que liberalizaram o aborto. Liberalizar o aborto vai dar muito dinheirinho a
clínicas privadas espanholas especializadas em aborto, à custa dos nossos
impostos e da miséria alheia. Miséria de mulheres obrigadas a fazer aborto
pelos namorados, maridos, pai a patrões porque até é legal!
Só mais uma coisinha, será que alguém me pode esclarecer porque é que o
dinheiro que o senhor ministro da saúde descantou para financias os abortos
não foi encaminhado para ajudar as associações de apoio a vida que surgiram
após o referendo de 98, que já salvaram milhares de vidas sendo que algumas
não viram um tostão do estado?
Se acha que o que digo é uma enxurrada de mentiras, então dê-me dados sérios
e credíveis para refutar as minhas afirmações que eu apresento-lhe os dados
sérios que sustentam cada uma. Fico ansiosamente a espera de respostas.
Inês Urbano
que toca ao aborto. Tenho todo do prazer em discutir civilizadamente com que
tiver ideias contra as minhas, mas assusta-me que alguém vá votar no dia 11
com base no que "toda a gente sabe", toda a gente sabendo que senso comum e
bom senso não são sinónimos.
Para começar uma correcção: a chamada interrupção voluntária da gravidez
*não
e uma interrupção mas sim uma terminação*, assim como o roubo não a
interrupção voluntária da posse de um bem de outrem.
Não são "muitas pessoas" que definem o embrião e mesmo óvulo como vida. A
classe científica tem isso como dado adquirido desde o século XIX. Desde a
fecundação que o óvulo e um ser totalmente diferente da mãe e que, se lhe
forem dadas as condições certas, crescera e passara pelos estágios de
crescimento: 1 semana, 5 semanas, 10 semana (em que já se detectam ondas
cerebrais, o coração já bate, o feto sente dor - e muita segundo as ultimas
investigações, pois ainda não formou o sistema inibidor da dor - e todos os
sistemas se encontram operacionais excepto o respiratório).
O que esta em discussão neste referendo não é se as mulheres tem o direito,
em determinadas situações, de sobreporem a sua vida a outra, ou mesmo se uma
mulher deve ser presa por ter realizado o aborto. Ate hoje menos de 40
pessoas (mulheres – diferente de vitimas de aborto! As vitimas de aborto são
os seus filhos! - médicas, enfermeiras, parteiras) foram acusadas de crime
de aborto nos últimos anos, e as mulheres ou foram absolvidas ou tiveram
pena suspensa, nenhuma esteve realmente presa. O que está em discussão é se
a mulher tem o direito de, até as 10 semanas, terminar a vida de outrem sem
terem de dar justificações, nem mesmo ao pai da criança! Não é o que esta na
pergunta, mas sim o que esta no projecto-lei que vai ser aprovado se o sim
ganhar.
Para terminar gostaria apenas de referir que o aborto clandestino não vai
diminuir com a liberalização do aborto. Esta provado na maioria dos países
que liberalizaram o aborto. Liberalizar o aborto vai dar muito dinheirinho a
clínicas privadas espanholas especializadas em aborto, à custa dos nossos
impostos e da miséria alheia. Miséria de mulheres obrigadas a fazer aborto
pelos namorados, maridos, pai a patrões porque até é legal!
Só mais uma coisinha, será que alguém me pode esclarecer porque é que o
dinheiro que o senhor ministro da saúde descantou para financias os abortos
não foi encaminhado para ajudar as associações de apoio a vida que surgiram
após o referendo de 98, que já salvaram milhares de vidas sendo que algumas
não viram um tostão do estado?
Se acha que o que digo é uma enxurrada de mentiras, então dê-me dados sérios
e credíveis para refutar as minhas afirmações que eu apresento-lhe os dados
sérios que sustentam cada uma. Fico ansiosamente a espera de respostas.
Inês Urbano
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